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Crônica escrita por JA Dias Lopez sobre a bailarina russa Anna Pavlova, a receita do doce criado em sua homenagem e sugestão de harmonização.

Quem a viu dançar garante que ela “voava no palco como um cisne”. Nenhuma bailarina combinou tão bem a leveza de movimentos e o lirismo interpretativo. Nascida em São Petersburgo, na Rússia, e falecida em Haia, nos Países Baixos, Anna Matveievna Pavlova (1881-1931) seduziu o mundo da arte entre o final do século XIX e a primeira metade do  século XX.
 
Foi a primeira intérprete de “A Morte do Cisne”, o mais famoso solo da história da dança, e também a melhor dançarina de Giselle, joia do balé romântico. Graças a sua popularidade, Anna Pavlova ajudou a difundir o balé clássico. Apresentou-se 3.650 vezes, em inúmeros países, inclusive no Brasil. Foi admirada e elogiada por contemporâneas ilustres, de Sarah Bernhardt a Isadora Duncan. A legião de fãs a chamava carinhosamente de Pavlovtzi, ou seja, de Pavlovinha.
 
A bailarina aplaudida mundo afora teve uma sobremesa igualmente delicada batizada com seu nome. Trata-se de um merengue no qual as claras de ovos são batidas intensamente e, quando se tornam firmes, recebem açúcar, uma pitada de sal, um pouco de amido de milho (maisena) e um toque de vinagre. A seguir, vai ao forno e, esfriando, é coroado com chantilly e frutas coloridas. Há quem adicione sorvete de creme e, no final, um pouco de licor de frutas (limão ou laranja) ou de vinho do Porto. Entretanto, são adereços que não constavam na receita original.
 
Austrália e Nova Zelândia disputam a invenção da Pavlova e a converteram em sobremesa nacional. A grande bailarina se apresentou nos dois países no ano de 1926.
 
PAVLOVA
Serve 6 porções
 
INGREDIENTES
4 claras de ovos em temperatura ambiente
250 g de açúcar
2 colheres (chá) de amido de milho (maisena)
1 colher (chá) de vinagre branco
1 pitadinha de sal
 
ACOMPANHAMENTOS
Sorvete (ou chantilly)
Limoncello
Calda de amoras
Frutas tropicais
 
PREPARO
1. Coloque as claras na tigela da batedeira, adicione uma pitadinha de sal e bata em velocidade baixa, até que comecem a espumar.
2. Aumente a velocidade e continue batendo. Quando estiverem bem firmes, junte gradualmente o açúcar, batendo após cada adição, até o merengue ficar espesso e brilhante.
3. Com uma colher, misture ao merengue, delicadamente, o amido de milho e o vinagre.
4. Num tabuleiro forrado com papel-manteiga, desenhe um círculo com cerca de 20 centímetros de diâmetro e  espalhe uniformemente o merengue, como se fosse um bolo. Se quiser, use um saco de confeitar.
5. Achate ligeiramente o topo com uma espátula e alise os lados.
6. Asse em forno baixo (150ºC), preaquecido, por cerca de 30 a 40 minutos, até a parte externa ficar estaladiça.
7. Apague o forno e deixe o merengue esfriar lá dentro, com a porta entreaberta.
8. Descole com cuidado o papel-manteiga do merengue já frio.
9. Sirva a pavlova gelada, com o sorvete (ou chantilly), um lance de limoncelllo, a calda de amoras e as frutas tropicais.
 
Receita assinada pelo restaurateur Carlos Inglesias, que integrava o cardápio do Porto Rubaiyat da Rua Amauri, em São Paulo, SP.

Dica de Harmonização para a Pavlova

Rastros do Pampa Pinot Noir é o vinho recomendado pela enóloga e proprietária da Vinícola Guatambu. 

Um vinho diferenciado, que surpreende desde a primeira safra. No nariz, muitas frutas vermelhas como framboesa, cereja e morango, com leve toque de sândalo. Na boca, taninos sedosos e envolventes, retrogosto agradável e final de boca frutado. 

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