Se beber não dirija. Aprecie com moderação. A venda de  bebidas alcoólicas é proibida para menores de 18 anos.

O vinho é uma bebida que sempre dividiu a mesa e proporcionou momentos únicos ao longo do avanço das sociedades, criando vínculos e eternizando histórias. Todavia, esta bebida milenar não somente compôs momentos de lazer, como, também, sempre esteve na mira dos olhares da medicina desde a antiguidade, uma vez que esta esteja intimamente ligada à evolução das ciências medicinais, desempenhando um importante papel. De acordo com alguns relatos traçados na história, os primeiros civis a praticarem a arte da cura, na maioria das vezes curandeiros ou religiosos, já utilizavam o vinho como remédio.

Na contemporaneidade e, por conseguinte, o crescimento maciço das distintas facetas da medicina, o vinho continua sendo um personagem de estudos da ciência. Pesquisas recentes oriundas de profissionais de alta credibilidade científica, confirmam cada vez mais os benefícios dessa bebida no organismo, principalmente nos sistemas neurológico e cardiovascular. Segundo estudos publicados em revistas de grande impacto, como a Scielo (Scientific Electronic Library Online), os polifenóis presentes no vinho tinto são dotados de propriedades antioxidantes que atuam beneficamente nestes mecanismos do organismo, garantindo uma maior qualidade de vida.

A ação desses polifenóis no sistema cardiovascular resulta em vasodilatações, o que facilita um melhor fluxo sanguíneo e inibe o aumento de colesterol (o LDL) nas artérias, auxiliando na prevenção de vários problemas cardíacos e, também, no desenvolvimento de quadros leves e graves de hipertensão. Nesta mesma linhagem de estudos, relatam-se outros importantes efeitos destes compostos fenólicos no corpo humano, dessa vez, no sistema neurológico, como na prevenção do Alzheimer e na diminuição dos riscos de AVC (Acidente Vascular Cerebral), pois a bebida deixa em nosso intestino, compostos antioxidantes únicos que são capazes de proteger os neurônios cerebrais de danos causados pelo avanço da idade.

Não obstante, o vinho além de contribuir na proteção destes sistemas do organismo, ainda é capaz de evitar outras patologias e agir em diferentes partes do organismo humano. De acordo com uma pesquisa estadunidense citada no jornal “O Globo”, a bebida é rica em silício, um mineral essencial para o bom funcionamento do corpo, ajudando na manutenção da densidade mineral óssea e, assim, retardando o risco de desenvolver doenças como a osteopenia e a osteoporose. Outro impacto direto, é na estimulação da produção de colágeno, substância com poder rejuvenescedor natural que atua como um ótimo regenerador de tecidos.

Apesar do vinho proporcionar esta extensa rede de benefícios ao corpo humano, é preciso cautela e discernimento entre a linha tênue que faz a ligação do consumo moderado ao excessivo. Todos os estudos que resultaram em tais dados, são baseados em doses baixas e conscientes, já que se trata de uma bebida alcoólica e o seu excesso pode causar danos ao longo da vida. As quantidades recomendadas por médicos pesquisadores, leva em conta o sexo e a diferença de processos metabólicos entre si. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), publicados na Revista Científica UNILAGO, a dose para homens, por exemplo, é de até 360 ml/ dia e, para mulheres, 240 ml/dia.

O presente relato fala sobre estudos diretamente com vinho tinto, contudo, os outros tipos de vinhos também possuem ações ao organismo quando consumidos em quantidades conscientes, a diferença é que o vinho tinto apresenta uma maior concentração dos compostos antioxidantes, o que torna-o mais eficaz ao organismo. Mediante as estas informações, podemos considerar o vinho ainda mais plausível no dia-a-dia, se já era possível termos momentos de lazer e boas conversas ao dividirmos algumas doses com os amigos, imaginem descobrirmos que podemos envelhecermos com um coração mais forte e uma memória afiada? Portanto, conscientemente, beba a sua taça e desfrute de uma boa saúde. Tim-tim!

Por: Enólogo Jean Alves

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